Corpo e sangue.

"Sua vida passou como se todo mundo que ele amou estivesse numa montanha-russa debaixo de estrelas maravilhosas. Pior do que a pintura de Van Gogh. Nunca conhecemos a paleta de quem matamos até a mente expelir suas melhores cores."

Eu quero que venha o inferno. Quero que me leve ao mais profundo desengano, quero que queime, que sofra, que doa, que machuque... Que se exploda. Diga tudo o que eu me neguei a acreditar, grite todo o seu coração para fora, me faça ouvi-lo, me faça senti-lo. Me faça sentir agora... Qualquer coisa que me lembre humanidade.

E o céu era todo violeta eu quero de novo, mas mais violento, mais violência.

Champagne supernova.

Estou correndo mais rápido do que minhas pobres pernas podem aguentar. Não encontrei a saída deste lugar, estou sempre entrando nas portas erradas, nas saídas falsas... Como poderia finalmente encontrar a luz se eu realmente não a quero ter? Perdendo meu tempo com pequenos passatempos para me sentir menos vazio ou menos cheio. Eu não sei. Nada disso me deixa satisfeito, só me deixa sedento pelo o que vem depois, pelo o que eu não sei se posso compreender. Ando por aí como se não me importasse, como se não sentisse isso me incomodando, arranhando minha garganta, rasgando-me por dentro. Não estou gritando, porém não estou me importando na realidade. É o meu eu errado com seu eu certo. Tudo esquecido em mim enquanto você só me faz lembrar realidade. Tudo o que eu quero esquecer, deixar para trás enquanto eu não estiver mais preso a terra, enquanto eu estiver no céu in a champagne supernova in the sky.